sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Rússia estabelece piso de € 10 para o carbono

9/08/2010 - Autor: Fernanda B. Müller - Fonte: CarbonoBrasil

http://www.carbonobrasil.com/?id=725813

A Rússia estabeleceu um preço mínimo de € 10/tonelada para os créditos de carbono gerados no país, segundo uma carta do Sberbank, que administra a Implementação Conjunta, vista pela Point Carbon.

“Estabelecer um piso para o preço das compensações é uma forma efetiva de proteger os desenvolvedores de projetos de preços de mercado voláteis ... (porém) os preços das ERUs continuam relativamente instáveis e os riscos associados podem ser maiores do que os desenvolvedores desejam”, comentou a empresa IDEAcarbon segundo a Reuters.

A Implementação Conjunta é um mecanismo onde um país do Anexo B do Protocolo de Quioto reduz as suas emissões de gases do efeito estufa financiando projetos em outro país do Anexo B, geralmente economias em transição (como a Rússia e países da Europa central e leste), gerando unidade de emissões reduzidas ou ERU (emission reduction unit).

As ERUs estão sendo negociadas na faixa de € 13/tonelada de dióxido de carbono no mercado de balcão.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Discurso ecológico das empresas não convence

12/08/2010 - Autor: Fabiano Ávila - Fonte: CarbonoBrasil/Greenbiz

Pesquisa norte-americana revela que apenas 16% dos consumidores e 29% dos executivos acreditam que as companhias realmente estão buscando boas práticas ambientais para seus produtos e não somente querendo melhorar sua imagem


Não é de hoje que percebemos que as empresas estão “tomando um banho de loja” e se transformando de um dia para o outro em entidades engajadas na luta pela preservação do meio ambiente. Sustentabilidade virou a palavra da moda e praticamente todos os comerciais e rótulos das mais diferentes companhias fazem alguma menção a esse conceito.

Esse tipo de ação já tem até um nome: greenwashing. Numa tradução livre, seria algo como “banho verde” ou "branqueamento ecológico" e geralmente classifica um procedimento de marketing para passar à opinião pública uma imagem ecologicamente responsável.

Porém, essas tentativas não parecem estar sendo tão bem sucedidas como esperam as empresas. Segundo a pesquisa 2010 Gibbs & Soell Sense & Sustainability Study apenas 16% dos consumidores levam a sério as promessas de sustentabilidade das empresas. Mesmo entre executivos, o número dos que acreditam nelas é pequeno: 29%. A pesquisa ouviu 2605 consumidores e 305 executivos norte-americanos.

“Este ceticismo geral sobre o comprometimento empresarial com as questões ambientais é um dos grandes obstáculos para os líderes de negócios nos próximos anos”, afirmou Ron Loch, vice-presidente da Gibbs & Soell.

Mas a crítica também pode ser feita para os consumidores, pois 71% dos entrevistados afirmaram que não pagariam a mais por um produto apenas por ele ser sustentável.

Além do problema do preço, a percepção de que as práticas ecológicas nos negócios são “boas para se ter” e não uma necessidade é outra barreira para que mais empresas busquem melhores práticas ambientais. A maioria dos executivos, 78%, afirmou que a falta de retorno desses investimentos é algo desencorajador.

Apenas uma em cada 10 companhias possui um executivo com o único propósito de promover esforços de sustentabilidade. A maioria delas apenas aloca tarefas verdes nas responsabilidades de empregados já existentes. Mas ao menos 70% delas possuem uma pessoa responsável por iniciativas ecológicas, mesmo essa pessoa tendo outras funções primordiais.

As grandes empresas tem uma tendência maior em dedicar recursos e pessoas para a sustentabilidade. Cerca de 38% dos entrevistados de companhias com menos de 10 mil empregados afirmaram que não possuem ninguém trabalhando nesse tipo de iniciativa, esse número cai para 24% nas com mais de 10 mil funcionários.

“Diminuir essa falha na credibilidade irá requerer um maior emprego de pessoas e capital. É preciso transmitir transparência e consistência nas mensagens para os consumidores”, concluiu Loch.

Fonte:http://www.carbonobrasil.com/#reportagens_carbonobrasil/noticia=725751

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Brasil vai converter dívida em proteção para biomas

CAROLINA GONÇALVES
DA AGÊNCIA BRASIL, NO RIO

O Brasil vai assinar no final do próximo mês um contrato com os Estados Unidos para converter uma dívida de US$ 23 milhões em um fundo de proteção dos biomas brasileiros.

Segundo a ministra de Meio Ambiente, Izabela Teixeira, o acordo foi concluído na semana passada com a autorização do Ministério da Fazenda.

Izabella Teixeira disse que o fundo de proteção deve destinar recursos para atividades de preservação e proteção da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga.

A ministra destacou que essa é a primeira operação de conversão de dívida externa autorizada no Brasil envolvendo a área ambiental.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/776348-brasil-vai-converter-divida-em-protecao-para-biomas.shtml